Às vezes se perder é melhor do que saber para onde se vai, mas mesmo assim, para quem quer me encontrar, aqui vai um mapa básico para se embrenhar nesse labirinto.
Lá em cima, o que digo de mim de tempos em tempos (O Ente Consciente). Depois tudo que escrevo de tudo que vejo, ou seja, todas as postagens do blog em ordem cronológica, basicamente a página inicial do blog (Mediocridades Cotidianas). Depois as Metáforas são as imagens que quiser ir postando ao longo do tempo.
À direita, estão (des)organizadas o que seriam as Prosas (Das mais Ordinárias), as mais próximas de Poesias (Em (In)Verso), os nadas e os que não fazem sentido (Enleio e O Vão), tudo o que falar de mim (Fusão Com Eu (Eu Com Fusão)) e por último, o que começou como o projeto das paixões rotineiras, agora pode ser descrito como "a tag de todos-vocês" (Trocentos e Sessenta e Cinco Vocês)
Os posts-prosa, poesia e sobre mim agora vêm apenas com o título, talvez o começo da postagem e o link "Beba-me", e os enleios e 365 vêm inteiros, pois são pequenininhos e, apesar de serem os mais poluídos, são os lixos que pensei menos para falar, entãão preferi deixá-los por aí.
Boa viagem.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Eu, mulher, cúmplice?
"É verdade que o mundo
tornou-se insensível às tragédias
humanas. A distância entre nosso Eu anestesiado pela avalanche de informações,
pelo consumismo e pelo comodismo e aquele Outro que sofre exclusão, fome e
miséria funciona como um escudo que protege nossa sensibilidade da dor por algo
que julgamos fora do nosso alcance resolver. Até certo ponto, isto é um
mecanismo de defesa da Vida, porque ela quer viver apesar de tudo o que
conspira contra ela. Contudo, há coisas cuja magnitude provoca a penetração
para além desse escudo e, se ainda nos resta alguma sensibilidade, exige uma
tomada de posição. Porque se o nosso egoísmo nos impede desta tomada de
posição, nos impede também de ter dignidade, considerada por Kant como o
diferencial dos seres humanos face às outras espécies animais." (Marta
Guerra, Jornalista. Tolerar o intolerável é tornar-se cúmplice)
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Eu, mulher
"... NADA NEM NINGUÉM tem o direito de me desrespeitar
ou me ameaçar porque sobre o meu corpo e as minhas roupas EU DECIDO. É meu
espaço, é meu direito e ninguém pode tornar a mulher culpada por sua liberdade
quando a mesma sofre uma agressão."
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Demônios (IV)
IV
Mas
a fome torturava-me cada vez mais fúria. Era impossível levar mais
tempo sem comer. Antes de socorrer o coração era preciso socorrer
o estômago.
A fome! O amor! Mas, como todos os outros
morriam em volta de mim e eu pensava em amor e eu tinha fome!... A fome, que é
a voz mais poderosa do instinto da conservação pessoal, como o amor
é a voz do instinto da conservação da espécie! A fome
e o amor, que são a garantia da vida; os dois inalteráveis pólos
do eixo em que há milhões de séculos gira misteriosamente
o mundo orgânico!
E, no entanto, não podia
deixar de comer antes de mais nada. Quantas horas teriam decorrido depois da minha
última refeição?... Não sabia; não conseguia
calcular sequer. O meu relógio, agora inútil, marcava estupidamente
doze horas. Doze horas de quê?.... Doze horas!... Que significaria esta
palavra?...
Arremessei o relógio para longe de mim,
despedaçando-o contra a parede.
Ó meu Deus!
se continuasse para sempre aquela incompreensível noite, como poderia eu
saber os dias que se passavam?... Como poderia marcar as semanas e os meses?...
O tempo é o sol; se o sol nunca mais voltasse, o tempo deixaria de existir!
E
eu me senti perdido num grande Nada indefinido, vago, sem fundo e sem contornos.
Meu
Deus! meu Deus! quando terminaria aquele suplício?
Desci
ao andar térreo da casa, apressando-me agora para aproveitar a mesquinha
luz da vela que, pouco a pouco, me abandonava também.
Oh!
só a idéia de que era aquela a derradeira luz que me restava!...
A idéia da escuridão completa que seria depois, fazia-me gelar o
sangue. Trevas e mortos, que horror!
Penetrei na sala de
jantar. À porta tropecei no cadáver de um cão; passei adiante.
O criado jazia estendido junto à mesa, espumando pela boca e pelas ventas;
não fiz caso. Do fundo dos quartos vinha já um bafo enjoativo de
putrefação ainda recente.
Arrombei o armário,
apoderei-me da comida que lá havia e devorei-a como um animal, sem procurar
talher. Depois bebi, sem copo, uma garrafa de vinho. E, logo que senti o estômago
reconfortado, e, logo que o vinho me alegrou o corpo, foi-se-me enfraquecendo
a idéia de morrer com os outros e foi-me nascendo a esperança de
encontrar vivos lá fora, na rua. Mal era que a luz da vela minguara tanto
que agora brilhava menos que um pirilampo. Tentei acender outras. Vão esforço!
a luz ia deixar de existir.
E, antes que ela me fugisse
para sempre, comecei a encher as algibeiras com o que sobrou da minha fome.
Era
tempo! era tempo! porque a miserável chama, depois de espreguiçar-se
um instante, foi-se contraindo, a tremer, a tremer, bruxuleando, até sumir-se
de todo, como o extremo lampejo do olhar de um moribundo.
E
fez-se então a mais completa, a mais cerrada escuridão que é
possível conceber. Era a treva absoluta; treva de morte; treva de caos;
treva que só compreende quem tiver os olhos arrancados e as órbitas
entupidas de terra.
Foi terrível o meu abalo, fiquei
espavorido, como se ela me apanhasse de surpresa. Inchou-se-me por dentro o coração,
sufocando-me a garganta; gelou-se-me a medula e secou-se-me a língua. Senti-me
como entalado ainda vivo no fundo de um túmulo estreito; senti desabar
sobre minha pobre alma, com todo o seu peso de maldição, aquela
imensa noite negra e devoradora.
Imóvel, arquejei
por algum tempo nesta agonia. Depois estendi os braços e, arrastando os
pés, procurei tirar-me dali às apalpadelas.
Atravessei
o longo corredor, esbarrando em tudo, como um cego sem guia, e conduzi-me lentamente
até ao portão de entrada.
Saí.
Lá
fora, na rua, o meu primeiro impulso foi olhar para o espaço; estava tão
negro e tão mudo como a terra. A luz dos lampiões apagara-se de
todo e no céu já não havia o mais tênue vestígio
de uma estrela.
Treva! Treva e só treva!
Mas
eu conhecia muito bem o caminho da casa de minha noiva, e havia de lá chegar,
custasse o que custasse!
Dispus-me a partir, tateando o
chão com os pés sem despregar das paredes as minhas duas mãos
abertas na altura do rosto.
Passo a passo, venci até
à primeira esquina. Esbarrei com um cadáver encostado às
grades de um jardim; apalpei-o, era um polícia. Não me detive; segui
adiante, dobrando para a rua transversal.
Começava
a sentir frio. Uma densa umidade saía da terra, tornando aquela maldita
noite ainda mais dolorosa. Mas não desanimei, prossegui pacientemente,
medindo o meu caminho, palmo a palmo, e procurando reconhecer pelo tato o lugar
em que me achava.
E seguia, seguia lentamente.
Já
me não abalavam os cadáveres com que eu topava pelas calçadas.
Todo o meu sentido se me concentrava nas mãos; a minha única preocupação
era me não desorientar e perder na viagem.
E lá
ia, lá ia, arrastando-me de porta em porta, de casa em casa, de rua em
rua, com a silenciosa resignação dos cegos desamparados.
De
vez em quando, era preciso deter-me um instante, para respirar mais à vontade.
Doíam-me os braços de os ter continuamente erguidos. Secava-se-me
a boca. Um enorme cansaço invadia-me o corpo inteiro. Há quanto
tempo durava já esta tortura? não sei; apenas sentia claramente
que pelas paredes, o bolor principiava a formar altas camadas de uma vegetação
aquosa, e que meus pés se encharcavam cada vez mais no lodo que o solo
ressumbrava.
Veio-me então o receio de que eu, daí
a pouco, não pudesse reconhecer o caminho e não lograsse por conseguinte
chegar ao meu destino. Era preciso, pois, não perder um segundo; não
dar tempo ao bolor e à lama de esconderem de todo o chão e as paredes.
E
procurei, numa aflição, aligeirar o passo, a despeito da fadiga
que me acabrunhava. Mas, ah! era impossível conseguir mais do que arrastar-me
penosamente, como um verme ferido.
E o meu desespero crescia
com a minha impotência e com o meu sobressalto.
Miséria!
Agora já me custava até distinguir o que meus dedos tateavam, porque
o frio os tornara dormentes e sem tato. Mas arrastava-me, arquejante, sequioso,
coberto de suor, sem fôlego; mas arrastava-me.
Arrastava-me.
Afinal
uma alegria agitou-me o coração: minhas mãos acabavam de
reconhecer as grades do jardim de Laura. Reanimou-me a alma. Mais alguns passos
somente, e estaria à sua porta!
Fiz um extremo esforço
e rastejei até lá.
Enfim!
E
deixei-me cair prostrado, naquele mesmo patamar, que eu, dantes, tantas vezes
atravessara ligeiro e alegre, com o peito a estalar-me de felicidade.
A
casa estava aberta. Procurei o primeiro degrau da escada e aí caí
de rojo, sem forças ainda para galgá-la.
E
resfoleguei, com a cabeça pendida, os braços abandonados ao descanso,
as pernas entorpecidas pela umidade. E, todavia, ai de mim! as minhas esperanças
feneciam ao frio sopro de morte que vinha lá de dentro.
Nem
um rumor! Nem o mais leve murmúrio! Nem o mais ligeiro sinal de vida! Terrível
desilusão aquele silêncio pressagiava!
As lágrimas
começaram a correr-me pelo rosto também silenciosas.
Descansei
longo tempo! depois ergui-me e pus-me a subir a escada, lentamente, lentamente.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
Proteção
A tênue linha entre querer proteger um amigo dum mal e
temer perdê-los para a tentação desse mal.
temer perdê-los para a tentação desse mal.
Primaveril
Toca o interfone. Mãe e filha se entreolham. É noite de sábado, e ambas sabem quem é que chama, lá da rua.
A filha atende.
O porteiro está errado, como sempre. O nome está errado, mas é suficiente para a cabeça fingir que o coração lembra.
A filha atende.
O porteiro está errado, como sempre. O nome está errado, mas é suficiente para a cabeça fingir que o coração lembra.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Um apanhador num campo
Entramos em casa.
- Não repara a bagunça, tá?
Por que que a gente sempre fala "não repara a bagunça"? Se a gente não quer que a bagunça seja reparada, seria mais fácil se não levássemos ninguém que pudesse reparar nela. Ou arrumássemos a bagunça. Não seria mais fácil se arrumássemos a bagunça?
De qualquer forma, a bagunça estava feita. Ela já tinha entrado em casa.
A bagunça estava feita.
- Não repara a bagunça, tá?
Por que que a gente sempre fala "não repara a bagunça"? Se a gente não quer que a bagunça seja reparada, seria mais fácil se não levássemos ninguém que pudesse reparar nela. Ou arrumássemos a bagunça. Não seria mais fácil se arrumássemos a bagunça?
De qualquer forma, a bagunça estava feita. Ela já tinha entrado em casa.
A bagunça estava feita.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Meu corpo, minha mente. Minha consciência do Eu.
Nosso corpo reflete o que somos. É o que somos. É o que somos não individualmente, mas socialmente. O moralista vive sempre a nostalgia dos valores morais como forma segura de refrear os questionamentos dos mesmos e esconder-se na segurança do legalismo e do passado. E é assim que seu corpo reflete uma espécie de "morte premaatura" vivenciada pelo seu espírito, pela sua "consciência". Uma "morte" que começa na própria forma de transar o corpo, como espelho de sua cabeça e de seu espírito.
(Pereira, 1983:48)
(Pereira, 1983:48)
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Contradiction
Can omniscient God, who
Knows the future, find
The omnipotence to
Change His future mind?
(Karen Owens)
domingo, 13 de novembro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Coletânea de Poemas de Lixeira
I.
Romance Anti-Moderno
Ele passou a porta
do vagão
e esperou-a aparecer
novamente, correndo.
E esperou a surpresa...
Romance Anti-Moderno
Ele passou a porta
do vagão
e esperou-a aparecer
novamente, correndo.
E esperou a surpresa...
II.
Contra-Tempo
Tudo no mundo
não passa de
um segundo.
III.
Poema Escatológico
Tudo nu
imundo
no passado
um cego no mundo.
IV.
Pê
No passo de
um pássaro
no passado
não passo de
não passo
(não posso)
não passarei.
V.
A
(Passarinho)
À casa vinha
bate à porta.
Asinha
Acorda!
Azedinha.
VI.
E
(Campo e Continho)
Da casa, vinho
bate o porto.
Soutinho
Acordo
Azevinho.
Poema preso II
Com o coração amarrado
ela
espera o inusitado.
Como o coração,
amarrado,
ela...
Com o coração amarrado a ela.
ela
espera o inusitado.
Como o coração,
amarrado,
ela...
Com o coração amarrado a ela.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
A servidão moderna
Mon optimisme est basé sur la certitude que cette civilisation va s'effondrer. Mon pessimisme sur tout ce qu'elle fait pour nous entrainer dans sa chute.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Morro
Ouve-se o som do carinho do vento nas folhas de bambu logo acima da cabeça. Levanta os olhos, observa, e logo fecha-os. Concentra-se nos sentidos esquecidos. Do mais para o menos.
Angústia
"eu não entendo muito você
não sei o que está pensando e sentindo sempre"
"Seja bem-vinda ao clube."
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
fobo
Um aperto forte no peito. Nada de demais, não é como se não
tivesse visto um milhão de vezes na televisão, ou através das bocas e mãos de
apaixonados ou nostálgicos poetizando o banal...
"Ok.
Aperto forte no peito."
sábado, 15 de outubro de 2011
Me deixe.
Você me permite sentir ciúmes de você?
Permite que eu saia observando as garotas e os caras que te elogiam, os que te fazem parecer feliz e contemplado, para ver se eles podem fazer melhor ou mais do que eu?
Permite que eu saia observando as garotas e os caras que te elogiam, os que te fazem parecer feliz e contemplado, para ver se eles podem fazer melhor ou mais do que eu?
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Uma Noite de Verão
Sua mão segura meu pescoço.
Sinto minhas mãos perderem fluxo sanguíneo e os dedos formigarem, ao passo que tento mexê-las, acima de minha cabeça.
Sinto minhas mãos perderem fluxo sanguíneo e os dedos formigarem, ao passo que tento mexê-las, acima de minha cabeça.
Little of your time
Pego a garrafa de vinho escondida na gaveta de meias que agora se desafogam com o excesso de espaço.
Sento-me no sofá, ligo o som e toca maroon 5.
Abro um livro de poesias.
Cartas de não-amor.
Um não-amor.
Abro o conjunto idas e vindas. De perguntas e respostas. Os grupo desorganizados, as palavras faltando, as respostas vagas e os intervalos longos.
As mudanças de humor, de carinho
de amores.
Até encontrei uma longa pausa.
Posso viver sem seriados, se a trama continuar assim...
Sento-me no sofá, ligo o som e toca maroon 5.
Abro um livro de poesias.
Cartas de não-amor.
Um não-amor.
Abro o conjunto idas e vindas. De perguntas e respostas. Os grupo desorganizados, as palavras faltando, as respostas vagas e os intervalos longos.
As mudanças de humor, de carinho
de amores.
Até encontrei uma longa pausa.
Posso viver sem seriados, se a trama continuar assim...
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Como eu me sinto II
Espero que com você esteja tudo mais ou menos
Está tudo bem comigo. Espero que contigo esteja tudo mais ou menos. Às vezes estou por cima, às vezes estou por baixo. Mas estou sempre por alguma coisa. Por alguém. Por aí. Por você. Pelos metrôs. Por uma coisa diferente. Pela coisificação dos romances.
Está tudo bem comigo. Espero que contigo esteja tudo mais ou menos. Às vezes estou por cima, às vezes estou por baixo. Mas estou sempre por alguma coisa. Por alguém. Por aí. Por você. Pelos metrôs. Por uma coisa diferente. Pela coisificação dos romances.
Como me sinto III
Libertinagem
Controle
Deixar o corpo comandar a mente.
Sei que não pareço comigo mesma. Reprimi-o ao máximo, meu corpo, sabe?
Como se soltasse uma fera, deixei-o comandar minha mente.
Mas,
Sei que àquela noite, este corpo comandou outras mentes, também.
Sei que não pareço comigo mesma. Reprimi-o ao máximo, meu corpo, sabe?
Como se soltasse uma fera, deixei-o comandar minha mente.
Mas,
Sei que àquela noite, este corpo comandou outras mentes, também.
Um Banho
Entrou no banheiro. Fechou a porta.
Ela não quis tirar o cheiro de suor do corpo.
Teve medo de sobrar somente a imagem dele, na memória.
Queria algo mais real.
Ela não quis tirar o cheiro de suor do corpo.
Teve medo de sobrar somente a imagem dele, na memória.
Queria algo mais real.
Viagem
Coração que fica batendo feito samba...
Quer dizer,
o fisiológico tá querendo
passar a perna
no psicológico
!!
Quer dizer,
o fisiológico tá querendo
passar a perna
no psicológico
!!
terça-feira, 11 de outubro de 2011
domingo, 9 de outubro de 2011
Das frases a noite III
Eu quero uma desculpa
pra você me botar
na sua agenda.
(Você está sempre na minha...)
pra você me botar
na sua agenda.
(Você está sempre na minha...)
Das frases à noite I
{Série de frases e des-pensamentos noturnos registrados na caderneta que atormenta e acalenta o sono, aberta sobre a cômoda à cabeceira da cama. Dentro do possível, mais próximas da formatação ou ideia louca originais.}
Um poço profundo
é diferente
de um fundo de poço.
Um poço profundo
é diferente
de um fundo de poço.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Dialógico ou dialético?
É, realmente, muito fácil ser poeta ou outro artista.
Basta, como eu, não ser.
Basta, como eu, não ser.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
Stupid
Ler e reler e reler. Ao ponto de se cansar, se esgotar, se esvair de qualquer necessidade de preencher-se dele.
third
não tenho visto graça na vida
não que eu não esteja pra viver
mas ela tem estado de morrer
não que eu não esteja pra viver
mas ela tem estado de morrer
(é um rascunho de tanto tempo,
que não sei se são minhas
ou de terceiros, essas palavras)
descoberta
Já reparou que Descoberta é, realmente, um termo interessante?
Descoberta pode ser a palavra que representa algo que se desmistifica, passa a ser conhecido, é encontrado ou mesmo esclarecido, e também, no entanto, pode significar algo que, estritamente do gênero feminino, passa pelo estado de ser (ou estar) coberta para então deixar de sê-lo.
Não posso deixar de imaginar se uma mulher que é descoberta, ao mesmo tempo que se desnuda, pelo ato próprio de se despir ou ser despida contra sua própria vontade (e não saberia explicar porque só penso nestas duas opções para uma mulher se despir) não seria muito diferente de algo que se desmistifica.
Descoberta pode ser a palavra que representa algo que se desmistifica, passa a ser conhecido, é encontrado ou mesmo esclarecido, e também, no entanto, pode significar algo que, estritamente do gênero feminino, passa pelo estado de ser (ou estar) coberta para então deixar de sê-lo.
Não posso deixar de imaginar se uma mulher que é descoberta, ao mesmo tempo que se desnuda, pelo ato próprio de se despir ou ser despida contra sua própria vontade (e não saberia explicar porque só penso nestas duas opções para uma mulher se despir) não seria muito diferente de algo que se desmistifica.
Ah
é a vida que se cansou de mim.
É a vida que já não quer mais ficar ao meu lado, dar uma risada, comer um bom prato. Ah!
É a vida que já não quer mais ficar ao meu lado, dar uma risada, comer um bom prato. Ah!
Extra
A gente espera que a vida inspire a arte. Quando isso acontece, não saímos do lugar-comum.
Eu conheço uma Cecília ou um Mário que viam na vida uma poesia extraordinária.
(O que aconteceu, é que o "extra" era de "extremamente", e não "diferente".)
Eu conheço uma Cecília ou um Mário que viam na vida uma poesia extraordinária.
(O que aconteceu, é que o "extra" era de "extremamente", e não "diferente".)
(Postagem sem título)
Você sonhou comigo. Eu tenho certeza, pois esta manhã, eu acordei com um sorriso no rosto.
Eu não estive onde estava todas as outras noites.
Eu não estive onde estava todas as outras noites.
sábado, 24 de setembro de 2011
Um
A garrafa de vinho vagabundo escondida ao canto da gaveta de sutiãs indica um talvez estado (ou ser) emocional duvidoso. Junte-a à promessa feita para si própria, disfarçando quase tão óbvia pouca ou quase nula auto-estima, mais o excesso de tempo para pensar a respeito de si própria sem chegar a qualquer conclusão produtiva ou interessante, a constante desprezível adulação alheia e a falta de compreensão do mundo "real".
O conjunto inconstante e altamente auto-destrutivo atende por certo nome, e há aproximadamente 402.000 chances de ser encontrada em uma multidão, pelas características supramente citadas.
O conjunto inconstante e altamente auto-destrutivo atende por certo nome, e há aproximadamente 402.000 chances de ser encontrada em uma multidão, pelas características supramente citadas.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Mas, o que é isto, companheiro?
Buscar o bem dos outros em detrimento do seu, é fazer-se desaparecer para si própria, adoecer e morrer em sua mente problemática, e aparecer para estes outros (aos quais achava que fazia bem, ou ao menos procurava fazer o bem) como megalomaníaco, com complexo messiânico e, surpreendentemente, ainda sim, egoísta.
(Aparecer para o outro, não necessariamente exclui de ser o mais próximo da realidade, mesmo que em conflito com o pensar de si mesmo, ou o tentar ser. Na loucura que é refletir sobre o refletir, ontologicamente e não empiricamente, e na [mesma] loucura que é tentar ser, aparentar ser, ser visto como e se ver como, buscar fazer o bem aos outros, nada mais é do que buscar satisfazer-se, plenamente.)
Talvez, isto tudo, na minha loucura que ser e tentar ser e achar ser, não passe da conflito permanente dos egos e todas as personalidades que aqui residem.
(Aparecer para o outro, não necessariamente exclui de ser o mais próximo da realidade, mesmo que em conflito com o pensar de si mesmo, ou o tentar ser. Na loucura que é refletir sobre o refletir, ontologicamente e não empiricamente, e na [mesma] loucura que é tentar ser, aparentar ser, ser visto como e se ver como, buscar fazer o bem aos outros, nada mais é do que buscar satisfazer-se, plenamente.)
Talvez, isto tudo, na minha loucura que ser e tentar ser e achar ser, não passe da conflito permanente dos egos e todas as personalidades que aqui residem.
Entre risos, a ilusão, a mentira e a quebra. Ascensão, Apogeu e Queda, ou somente Novela Mexicana
A mentira não passa de outra forma de ver o mundo.
(O problema é que não se pode ter acordo na mentira.)
(O problema é que não se pode ter acordo na mentira.)
domingo, 11 de setembro de 2011
Falar de amor...
Eu quero um pedaço seu pra chamar de meu. É, eu sei, egoísta e desprezível. Não o quero todo. Saiba que acho-o muito grande e desajeitado para eu carregar para lá e cá todo o tempo. (Você sabe, o que é meu é o que está comigo, o resto não passa de "momentâneo e efêmero", nada mais que eu ou você, como já disse [em] outros tempos)
Egoistamente e desprezivelmente, ainda (te) quero (n)um pedaço, (n)uma coisinha. Uma palavra, um carinho, um chêro ou um olhar. Uma unha, um pêlo ou quem sabe uma gota antes líquida secando num papel velho e amassado. Ainda que nada dessas coisas sejam minhas preferidas de você, quero algo teu pra chamar de meu.
Quero, para fazer esse coração peludo amansar um pouco, deixar-se esquentar levemente e quem sabe não doer tanto quando bate.
(Especialmente quando pula um pulso.)
Quero perder um pouco a noção do que é eu ou você, ou qualquer outra coisa que resta, momentânea e efêmera. E realmente acredito que um teco ou resto de gente pode fazer isso por mim, ou para mim.
Quero tornar um pedaço seu, meu, e devolvê-lo. Assim saberei que você me carregará junto a ti, mesmo quando passível do teu esquecimento.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
aMorTe
[...] se antes disso algum de nós morrer, nos comprometemos em ir ao velório (se não for impossível).
se for você, só não te darei um beijo na boca porque provavelmente os presentes não iriam gostar.
se for eu, fique à vontade.
Eu queria ser cremada. Mas só a ideia do seu último beijo me faz querer ter um velório.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Falar de amor
Cair no comum, ao desejar o incomum.
Por entre aqueles sons acalentadores e que ele mesmo tanto adorava, ele pensou nela.
Não se sabe se foram alguns instantes ou uma noite quase inteira. Sabe-se apenas que se tivesse amanhecido durante sua viagem noturna, tanto ela deixaria de ser noturna, quanto ela mesma, que preenchia-o por aquele momento quase sem tempo, seria interrompida pelo que não poderia lembrá-lo dela.
Ele pensou nos lábios suaves e rubros, sua pinta, logo ao canto daquela boca que ele tanto sentia falta.
Ele não se cansa de falar de amor?
Naquela noite não. Não enquanto aquele vinho não acabava.
Por entre aqueles sons acalentadores e que ele mesmo tanto adorava, ele pensou nela.
Não se sabe se foram alguns instantes ou uma noite quase inteira. Sabe-se apenas que se tivesse amanhecido durante sua viagem noturna, tanto ela deixaria de ser noturna, quanto ela mesma, que preenchia-o por aquele momento quase sem tempo, seria interrompida pelo que não poderia lembrá-lo dela.
Ele pensou nos lábios suaves e rubros, sua pinta, logo ao canto daquela boca que ele tanto sentia falta.
Ele não se cansa de falar de amor?
Naquela noite não. Não enquanto aquele vinho não acabava.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Mais problemas
O problema
é querer ser
capitalismo
quando todo o resto é
comunismo.
(O que encurta a distância?)
domingo, 28 de agosto de 2011
Descoberta
a: Se vc for meio humano meio unicórnio, eu posso comprar vc pela metade do preço.
b: Mas minha parte humana é muito generosa com você.
Se eu fosse meio unicornio, voaria de graça
e não precisaria de me comprar.
isso seria bom também porque eu não seria de sua propriedade, e seria livre.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Barricada
Todos os passarinhos da Praça da República
Voaram
Todas as estudantes
morreram de susto
Nos uniformes de azul e branco
As telefonistas tiveram uma síncope de fios
Só as árvores não desertam
Quando a noite luz
de Andrade, O.
domingo, 21 de agosto de 2011
Por favor, aguarde um momento.
Você me causa tanta confusão.
Assim, sempre que o vejo, toda vez possível. Desse jeito de mentira, ilusório, fascinante, você.
Assim, sempre que o vejo, toda vez possível. Desse jeito de mentira, ilusório, fascinante, você.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Há vagas
A categoria dos militantes precisa urgente da contratação.
Para se aplicar a uma vaga, precisa, não necessariamente nesta ordem:
Para se aplicar a uma vaga, precisa, não necessariamente nesta ordem:
sábado, 13 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
A realidade
Tem destruído com toda a minha fantasia.
(deve ser por isso que hoje eu sorrio mais forte quando encontro uma não-realidade, andando por aí...)
(deve ser por isso que hoje eu sorrio mais forte quando encontro uma não-realidade, andando por aí...)
domingo, 31 de julho de 2011
não é sólido, mas...
E já virou rotina eu me embebedar e não sentir você.
O mais próxmo que cheguei foi de uma voz que lembrava você.
Cansei, e sei que terei todo o tempo para descansar (sem que você sequer perceba meu cansaço). E quando eu quiser desesperadamente de volta, você dirá se quer também ou não.
Quando virará rotina não sentir você e então me embebedar?
O mais próxmo que cheguei foi de uma voz que lembrava você.
Cansei, e sei que terei todo o tempo para descansar (sem que você sequer perceba meu cansaço). E quando eu quiser desesperadamente de volta, você dirá se quer também ou não.
Quando virará rotina não sentir você e então me embebedar?
Acho que... não sei
poema no. 238
não sei mais
o que ocorre
em ti
tinha coisa
que eu não sabia
mas agora
não sei tu
não sei eu
________________________
10/06/2011
M. de Oliveira F.
sábado, 30 de julho de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Abatimento
Até que o calor bate singelamente, na medida em que o vento o carrega, no calcanhar da moreninha...
Como um cão...
Como quem espera uma bateria acabar para determinar o seu fim, a vida segue sem controle.
Como se pudesse ter controle algum.
A esperar, e esperar, e esperar. Que outras baterias se acabem, que outras mãos apertem botões, que outras máquinas façam escolhas. Esperar e esperar.
A vida segue como um começar e nunca acabar. Acabar as baterias, trocar de mãos, seguir escolhas. Alheias. Alheio. Nunca acabar. Nunca acabar.
Como se pudesse ter controle algum.
A esperar, e esperar, e esperar. Que outras baterias se acabem, que outras mãos apertem botões, que outras máquinas façam escolhas. Esperar e esperar.
A vida segue como um começar e nunca acabar. Acabar as baterias, trocar de mãos, seguir escolhas. Alheias. Alheio. Nunca acabar. Nunca acabar.
terça-feira, 26 de julho de 2011
(In)Verdade
Quase como um perfume, sente-se sua presença, mesmo depois de partir. Agora ouve-se perfeitamente o trompete solando em êxtase, quando está perto de você.
Um campo existe (Lins)
(existe) Um campo.
Alí há grama verde, o vento silencioso, as folhas secas de eras passadas. As andorinhas sobrevoam, sagazes, pequeninas e, de tão pequeninas, quase insignificantes.
Mas ali sobrevoam. Significantes o suficiente para poderem ser, quase, insignificantes.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
orientação ou escolha? A dialética ou dialogicidade de algo socialmente E OU geneticamente determinado
“Me ame menos, mas me ame por mais tempo”
Do musical Cançõs de Amor, de Christophe Honoré
Do musical Cançõs de Amor, de Christophe Honoré
Escambo
Nós trocamos uma mercadoria por outra.
Mas na verdade, na verdade mesmo, a outra mercadoria que eu te ofereceria tinha valor menor.
Mas na verdade, na verdade mesmo, a outra mercadoria que eu te ofereceria tinha valor menor.
Da unidade
Vai nascer a novidade.
[...]Em todas as partes viam-se túmulos abertos vazios, enquanto o Novo movia-se em direção à capital.
E em torno estavam aqueles que instilavam horror e gritavam: Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! E quem escutava, ouvia apenas os seus gritos, mas quem olhava, via tais que não gritavam.
[...]Em todas as partes viam-se túmulos abertos vazios, enquanto o Novo movia-se em direção à capital.
E em torno estavam aqueles que instilavam horror e gritavam: Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! E quem escutava, ouvia apenas os seus gritos, mas quem olhava, via tais que não gritavam.
domingo, 10 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Vocês, elas.
Não. Eu não tenho paciência para suas birras, suas crises de ciúmes, e sua vontade de se sobressair ao pisar nos outros.
Vocês não perceberam que eu mal consigo olhar pra vocês?
Vocês não perceberam que eu mal consigo olhar pra vocês?
domingo, 3 de julho de 2011
Achamento
E eu que achava que eram muitos,
basicamente, pude contar:
Foram 5. É, eu menti pra você, mas foi sem querer.
Eu acho
que nunca os amei.
basicamente, pude contar:
Foram 5. É, eu menti pra você, mas foi sem querer.
Eu acho
que nunca os amei.
sábado, 25 de junho de 2011
Instruções para Chorar
"DEIXANDO DE LADO os motivos, atenhamo-nos à maneira correta de chorar, entendendo por isto um choro que não penetre no escândalo, que não insulte o sorriso com sua semelhança desajeitada e paralela. O choro médio ou comum consiste numa contração geral do rosto e um som espasmódico acompanhado de lágrimas e muco, este no fim, pois o choro acaba no momento em que a gente se assoa energicamente.
Para chorar, dirija a imaginação a você mesmo, e se isto lhe for impossível por ter adquirido o hábito de acreditar no mundo exterior, pense num pato coberto de formigas e nesses golfos do estreito de Magalhães nos quais não entra ninguém, nunca.
Quando o choro chegar, você cobrirá o rosto com delicadeza, usando ambas as mãos com a palma para dentro. As crianças chorarão esfregando a manga do casaco na cara, e de preferência num canto do quarto. Duração média do choro, três minutos."
Para chorar, dirija a imaginação a você mesmo, e se isto lhe for impossível por ter adquirido o hábito de acreditar no mundo exterior, pense num pato coberto de formigas e nesses golfos do estreito de Magalhães nos quais não entra ninguém, nunca.
Quando o choro chegar, você cobrirá o rosto com delicadeza, usando ambas as mãos com a palma para dentro. As crianças chorarão esfregando a manga do casaco na cara, e de preferência num canto do quarto. Duração média do choro, três minutos."
De Julio Cortázar
em "Histórias de Cronópios e de Famas"
Adaptavelmente
“Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho na loja...
Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.”
Em O Pequeno Príncipe
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Abatedouro
Porque é tudo tão mudo, pequeno e vazio?
É difícil não se deixar abater.
Basta, como eu, não saber o que te satisfaz.
O mundo é nosso abatedouro.
(Nossos mais próximos são nossos açougueiros)
É difícil não se deixar abater.
Basta, como eu, não saber o que te satisfaz.
O mundo é nosso abatedouro.
(Nossos mais próximos são nossos açougueiros)
sexta-feira, 17 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Trocando um pneu furado
Era um poema enumerado que precisei fazer no 1º ano do ensino médio... Gostava muito dele.
domingo, 12 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
bafo, desa.
Cada lixo que está aqui, que é bom perceber quanto dele foi descartado.
Acho que as palavras são orgânicas. Se a gente não as engole logo, começam a se decompor e contaminam o que está perto delas.
Nós começamos a estragar e cheirar mal, ao lado (atrás, por trás) delas.
Como comida. Não é por isso que deixamos de comer. E não é porque está gostosa, que nunca paramos de comer.
Não é porque viram lixo que deixamos de falá-las (ou senti-las), e não é porque parecem certas, que nunca achamos melhor nos calar...
Acho que as palavras são orgânicas. Se a gente não as engole logo, começam a se decompor e contaminam o que está perto delas.
Nós começamos a estragar e cheirar mal, ao lado (atrás, por trás) delas.
Como comida. Não é por isso que deixamos de comer. E não é porque está gostosa, que nunca paramos de comer.
Não é porque viram lixo que deixamos de falá-las (ou senti-las), e não é porque parecem certas, que nunca achamos melhor nos calar...
Reverso
Chora
Pára
Suspira aliviada
Sái do quarto
Tranca a porta, destranca a porta
Atravessa a rua
Começa gradualmente a ouvir um zunido no ouvido esquerdo.
Sente o metal esfriando em choque térmico com a pele
queima-se e então desaparece
Observa a cor
Tira a mão do ouvido direito
Abre os olhos
Ouve pesado o cair no chão
Um estalo
Puxa o indicador em direção à mão.
Aponta firme a mão esquerda
Afasta-se
Dá o primeiro beijo
Diz a última palavra.
Oi!
-
(poderia trabalhar melhor a idéia, no entanto...)
Pára
Suspira aliviada
Sái do quarto
Tranca a porta, destranca a porta
Atravessa a rua
Começa gradualmente a ouvir um zunido no ouvido esquerdo.
Sente o metal esfriando em choque térmico com a pele
queima-se e então desaparece
Observa a cor
Tira a mão do ouvido direito
Abre os olhos
Ouve pesado o cair no chão
Um estalo
Puxa o indicador em direção à mão.
Aponta firme a mão esquerda
Afasta-se
Dá o primeiro beijo
Diz a última palavra.
Oi!
-
(poderia trabalhar melhor a idéia, no entanto...)
Metafísica
Um corpo estranho se move no vácuo do espaço sem-luz.
Atrái-se e afasta-se constantemente, nunca se aproximando demais de nenhum outro corpo,
com ou sem-luz.
O que é força?
Atrái-se e afasta-se constantemente, nunca se aproximando demais de nenhum outro corpo,
com ou sem-luz.
O que é força?
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Não
O que me irrita é esse seu sorriso debochado.
Assim, de canto, como quem não quer nada.
Queira, fazendo o favor!
Assim, a gente não pode continuar.
Assim, de canto, como quem não quer nada.
Queira, fazendo o favor!
Assim, a gente não pode continuar.
121 12321 1234321 123454321
e assim por diante, cada vez em menos tempo, até que eu corte a ligação do 1 para o 0.
AnMa
Quando eu preciso que você vá embora,
você vai.
E eu fico esperando você reaparecer numa corrida, com um sorriso
dizendo que voltou para mais um beijo.
você vai.
E eu fico esperando você reaparecer numa corrida, com um sorriso
dizendo que voltou para mais um beijo.
zòN
A gente fala assim quando quer nos tirar.
Eu sou eu.
A gente é quando não quero ter (ou ser)
Eu.
A gente é quando eu virou mar
A gente é quando eu precisa purificar.
A gente fala assim quando quer nos tirar
Da gente.
Eu sou eu.
A gente é quando não quero ter (ou ser)
Eu.
A gente é quando eu virou mar
A gente é quando eu precisa purificar.
A gente fala assim quando quer nos tirar
Da gente.
Zero (ou 365)
O que mais dói é ver você mesma em todas aquelas paixões.
Mas você mesma não pode ser nenhuma daquelas paixões.
Mas você mesma não pode ser nenhuma daquelas paixões.
Vamos falar daquele cujo nome não deve ser citado
Eu só gosto de você quando te vejo abrir os olhos a noite e encarar o teto, sorrindo com o rosto recém amassado do sono perdido
sábado, 28 de maio de 2011
Inspiração
"Quem dera eu, fosse nada além de causa.
Nada além de idéia, solta no ar, presa nos lábios. Forte, estrondosa, certa e indagável.
Nada além de idéia, solta no ar, presa nos lábios. Forte, estrondosa, certa e indagável.
Parada do novo velho
Eu estava sobre uma colina e vi o Velho se aproximando, mas ele vinha como se fosse o Novo.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Eu nunca vi ex-viado
Mas ex-revolucionários
ex-comunistas, sim.
(os ex-proletários estão todos nos governos)
ex-comunistas, sim.
(os ex-proletários estão todos nos governos)
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Calma, clamo.
Espere, esperança.
Quando você aparece eu fico feliz...
É o fim do mundo, ou o fim do mundo burguês?
(achar que a democracia é direito e opção para a classe trabalhadora...)
No seminário sobre os 140 anos da comuna na PUC-SP
Quando você aparece eu fico feliz...
É o fim do mundo, ou o fim do mundo burguês?
(achar que a democracia é direito e opção para a classe trabalhadora...)
No seminário sobre os 140 anos da comuna na PUC-SP
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Because you cannot bear its radiance
"You are the best. You are the worst. You are average. Your love is a part of you. You try to give it away because you cannot bear its radiance, but you cannot separate it from yourself. To understand your fellow humans, you must understand why you give them your love. You must realize that hate is but a crime-ridden subdivision of love. You must reclaim what you never lost. You must take leave of your sanity, and yet be fully responsible for your actions."
Gnarls Barkley, em carta a um crítico de música.
Gnarls Barkley, em carta a um crítico de música.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
matamor
t amam t mama
t mama ta mam
ta mam tm ama
tm ama
aa m t m a a mtm
a a mtm a mtm a
a m t a m
te amam
e
matam
t mama ta mam
ta mam tm ama
tm ama
aa m t m a a mtm
a a mtm a mtm a
a m t a m
te amam
e
matam
sexta-feira, 13 de maio de 2011
[ B L A N C ]
Ela saiu, para descobrir que naquele lugar as pessoas olhavam e falavam.
Diferente das bolhas translúcidas e não-frágeis nas quais sempre viveu.
Então as pessoas olharam e falaram. Então as pessoas
Duas pessoas
Olharam e resolveram brincar.
Diferente das brincadeiras que fazia quando vivia sozinha e segura.
Diferente das bolhas translúcidas e não-frágeis nas quais sempre viveu.
Então as pessoas olharam e falaram. Então as pessoas
Duas pessoas
Olharam e resolveram brincar.
Diferente das brincadeiras que fazia quando vivia sozinha e segura.
domingo, 8 de maio de 2011
Leãozinho
Essa postagem estava guardada há algumas semanas, e eu não sei porque...
Eu gosto muito desta música.
Sonorizou muitos momentos e se personificou em muitas pessoas. Inclusive em mesma (aqui).
Beirut é uma das bandas que conseguem me levar à êxtase, tamanha qualidade de composição, arranjo e paixão.
Outro dia assisti a um documentário que defendia que a música, quando gostamos dela (seja qual for o gosto), faz o cérebro liberar aquela bendita, a endorfina - O hormônio da saciedade, no sentido ou âmbito mais sexual da palavra, ou sensação.
Será mesmo?
Eu gosto muito desta música.
Sonorizou muitos momentos e se personificou em muitas pessoas. Inclusive em mesma (aqui).
Beirut é uma das bandas que conseguem me levar à êxtase, tamanha qualidade de composição, arranjo e paixão.
Outro dia assisti a um documentário que defendia que a música, quando gostamos dela (seja qual for o gosto), faz o cérebro liberar aquela bendita, a endorfina - O hormônio da saciedade, no sentido ou âmbito mais sexual da palavra, ou sensação.
Será mesmo?
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Economia prática
"...E creio cada vez mais nas seguintes regras:
1) Use a matemática como abreviação e não como método de pesquisa. 2) Utilize-a até ter terminado. 3) Traduza para o inglês. 4) Ilustre, então, com exemplos importantes da vida real. 5) Queime a matemática. 6) Se não conseguir realizar a 4 queime então a 3."
Citado por BARBER, William. História do Pensamento Econômico.
1) Use a matemática como abreviação e não como método de pesquisa. 2) Utilize-a até ter terminado. 3) Traduza para o inglês. 4) Ilustre, então, com exemplos importantes da vida real. 5) Queime a matemática. 6) Se não conseguir realizar a 4 queime então a 3."
Citado por BARBER, William. História do Pensamento Econômico.
domingo, 1 de maio de 2011
sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Problema Conjugado
O problema em ser uma das amadas de Chico, está em Chico.
o problema em ser uma das é não saber qual delas é
e quando é (há) amor para ela
e não ela, ela, ela ou ela.
O problema é que não se ama uma só vez
e cada uma das amadas de Chico é (foi) uma vez.
O problema em ser uma das amadas de Chico é que
amada não é substantivo, ou adjetivo.
Amada para Chico é verbo
e é verbo conjugado
(no passado)
o problema em ser uma das é não saber qual delas é
e quando é (há) amor para ela
e não ela, ela, ela ou ela.
O problema é que não se ama uma só vez
e cada uma das amadas de Chico é (foi) uma vez.
O problema em ser uma das amadas de Chico é que
amada não é substantivo, ou adjetivo.
Amada para Chico é verbo
e é verbo conjugado
(no passado)
E eu cansei de falar de amor.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Tanto, mas...
Tenho tanto para escrever...
O que tem me feito sentir saudade e escrever e apagar tantos textos e mensagens, as reflexões sobre o mundo e o que faço ou quero ou gostaria de fazer a respeito das conclusões delas, as novas e construtivas experiências e relações que tive ao sair do estado pelo grupo PET, as reflexões oriundas das atividades propostas desse grupo, a páscoa, os dia-a-dias, as promessas que me fiz recentemente e o que me levou a elas, os nadas, os ninguéms.
Tenho muito para escrever.
Escrevi sobre o que estragou meu final de páscoa e me fez repensar essa história de família, sangue, respeito, cumplicidade, amor e, especialmente, crenças.
-
O que tem me feito sentir saudade e escrever e apagar tantos textos e mensagens, as reflexões sobre o mundo e o que faço ou quero ou gostaria de fazer a respeito das conclusões delas, as novas e construtivas experiências e relações que tive ao sair do estado pelo grupo PET, as reflexões oriundas das atividades propostas desse grupo, a páscoa, os dia-a-dias, as promessas que me fiz recentemente e o que me levou a elas, os nadas, os ninguéms.
Tenho muito para escrever.
Escrevi sobre o que estragou meu final de páscoa e me fez repensar essa história de família, sangue, respeito, cumplicidade, amor e, especialmente, crenças.
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sábado, 16 de abril de 2011
Is
Eu quero me ver em todos você.
mas eu sei que eu não tenho tudo'cê
E você não tem tudo eu
E não tinha de sê.
Eu me engano em tudo ti
E você se engana em nada mim.
mas eu sei que eu não tenho tudo'cê
E você não tem tudo eu
E não tinha de sê.
Eu me engano em tudo ti
E você se engana em nada mim.
Existe algo teu que está em mim (Ou desatar Nós)
São dias de desesperança. Dias de olhar pela janela do ônibus e vê-lo de mãos dadas com outra menina, a ler um livro de frente ao mar, a beber o vinho (agora sozinho) com as calças dobradas e os pés na água gelada cristalina do mar, a não trocar olhares comigo quando faz o pulso pular um tempo.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Hasta la rev... Amor libre!
"Contudo, procuramos neste trabalho sintetizar 519 anos de um arquipélago que viu nos contrastes uma inquietação combustível da superação, de luta, de liberdade, segue abaixo um trecho que representa um pouco do que nos passou essa pesquisa e aprofundamento:
Bilhete
Fui, meu amor, me desculpa
embora eu ainda te ame
contigo sentia-me em Cuba
e eu adoro Miami"
Bilhete
Fui, meu amor, me desculpa
embora eu ainda te ame
contigo sentia-me em Cuba
e eu adoro Miami"
terça-feira, 5 de abril de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
Carta aberta ao povo brasileiro
Em defesa do SUS, estudantes de medicina em Cuba realizam 2º Encontro Nacional dos Estudantes Brasileiros de Medicina em Cuba.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
As estranhas companhias
Me deixa abobadamente apaixonada, só por aqueles instantes nos quais estamos juntos. Depois, só sobra aquele embrulho no estômago.
Tragicomédia ou Eu sei, mas...
De um forte realismo para um fraco e sem forças pessimismo, eu me vi em desespero forte e cruel.
Uma inconsolabilidade e desesperança sem igual atormentou-me e atormenta-me.
Uma inconsolabilidade e desesperança sem igual atormentou-me e atormenta-me.
sábado, 19 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
Pobre criatura ignóbil, credor da liberdade de expressão, comunicação e manifestação do pensamento. Ou, somente, Idiota
A internet é um espaço engraçado. É a primeira experiência de completa anarquia (ou pseudo-anarquia) que se sustenta, de longa duração da história da humanidade.
É um local onde você se sente livre para se manifestar e expressar.
Você, credor da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que diz em seu artigo 11º:
sexta-feira, 4 de março de 2011
quarta-feira, 2 de março de 2011
Viva La Revolución - Parece, mas é muito mais que um conto.
"Beije minha mãe por mim, e diga-lhe que seu filho morreu como um herói", disse meu amigo Ahmed, 26, para a primeira pessoa que correu para seu lado, depois de levar um tiro em uma rua de Tripoli.
terça-feira, 1 de março de 2011
Bellum Omnia Omnes
Este é um perfil que condiz com o comportamento informal e pessoal de uma pessoa.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Um caos para Nadja
Estava fuçando os rascunhos, e encontrei este de maio do ano passado...
Essa semana eu iria a Itanhaém ver você, mas você não vai querer me ver. - Eu também não tenho absolutamente nada a ver com o que tá rolando. Mas eu sei como sou, e você sabe como sou... É capaz de que estava me esperando aparecer, não duvido.
Como não tenho alinhado muito meus raciocínios, vai um desalinhado do passado. Uma súplica enlouquecida de alguém que estava se perdendo, tentando se encontrar...
Essa semana eu iria a Itanhaém ver você, mas você não vai querer me ver. - Eu também não tenho absolutamente nada a ver com o que tá rolando. Mas eu sei como sou, e você sabe como sou... É capaz de que estava me esperando aparecer, não duvido.
Como não tenho alinhado muito meus raciocínios, vai um desalinhado do passado. Uma súplica enlouquecida de alguém que estava se perdendo, tentando se encontrar...
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Como me sinto ou There are mad shades on black
There are mad shades on black
There are mad shapes on black
There's
Been made
They are mad shapes in dark
They are mad shades in dark
They sway
They all
Have been
Made
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
K - esmo
Um texto de rodapé de uma lista de e-mails por aí...
-
Esgotou-se o tempo de semear
e inventou-se a hora do martelo.
Retorcei na bigorna outros anelos
e a força incandescente deste mar
de ferros levantados.
Esgotou-se o tempo de consentir
e pôs-se a andar
a multidão dos saqueados
contra os cercados do medo.
Pedro Tierra
domingo, 30 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
sábado, 22 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Sky.
Encarar o quadrado branco.
Não é o mesmo que uma folha pautada com marcas das palavras passadas.
O assombro, o medo, o vazio.
A vontade de se transformar em algo que não existe.
Desfazer.
Cíclico e temporal.
Branco.
Não é o mesmo que uma folha pautada com marcas das palavras passadas.
O assombro, o medo, o vazio.
A vontade de se transformar em algo que não existe.
Desfazer.
Cíclico e temporal.
Branco.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Eu, o medo.
Eu tenho medo de bater em alguém, e esse alguém não sentir nada.
Tenho medo de rir de piadas preconceituosas.
Tenho medo de ficar presa no trânsito em um túnel.
Tenho medo de rir de piadas preconceituosas.
Tenho medo de ficar presa no trânsito em um túnel.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
Reflexo em vidro
"Posso não ser clara ou translúcida como esses outros são.
Tente quebrar-me e verá; Posso despedaçar-me, porém corto-lhe se tentar tocar-me novamente."
Tente quebrar-me e verá; Posso despedaçar-me, porém corto-lhe se tentar tocar-me novamente."
sábado, 1 de janeiro de 2011
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