quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Conto fantástico e redundante

A menina caiu num padrão.
Estava a menina a viver a vida na cidade. Já havia dezenove anos, onze meses e doze dias que ela se adaptava à nova forma de existência, e parecia ela ter evitado a todas as experiências que a fizessem aprender certas coisas que, certo momento de sua pré ou não-existência já havia determinado e assim se seguia aquela coisa que chamavam de vida. Sem supresas ou descaminhos.
Assim, estava a menina, como planejado, vivendo a vida na cidade. Já havia mudado de cidade, de casa, de tamanho, de cor, de sorriso e de expressão. Tudo para satisfazer ao bel-prazer de um certo alguém ou ninguém, ou todos nós.
Foi quando então, supreendentemente, e a menina, que tanto não se esforçava em ser aquilo que tão bem era, tropeça e acaba por cair, assim, facil e simplesmente, numa coisa na qual nunca antes havia sequer se imaginado dentro.
Sabe, o cérebro do ser humano busca encontrar padrão até onde não tem...

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