Quando eu digo "você", saiba que este é o nome de todo e qualquer um. Quem ouve e lê já sabe quem é ou quem são "você".
Eu lembro que comecei com o "você" e o "ele" quando procurava por uma(s) personagem(ns) que satifizesse uma ânsia idética que não era reprimida como deveria ser.
Pensando bem, não havia nada certo reprimido, e não havia nada errado a ser reprimido. Mas mesmo assim tava cheio de coisa sendo reprimida errada.
Eu tenho medo de ser insuficiente para você. E todo dia afirmo que você não é nada para mim.
E achei a personagem que criei. Eu achei a personagem que é antônima a um você.
Por favor, eu cansei. Cansei mesmo.
Algo simples que se tornou uma obsessão, e não há como chegar aos pés das expectativas.
Não pode haver amor. Tanto eu não acredito nele, quanto o amor não acredita em mim.
Nós temos um acordo, eu e ele. E eu sei que não é amor.
Eu queria pedir que você fosse embora. Mas eu sei que você já foi faz tempo, e tudo o que restou foi o fantasma de ti. A lembrança irreal que guardei da existência irreal tua.
Você foi embora, e eu o preenchi das palavras que diz sobre um "você", que eu queria que fosse diferente do meu "você". Eu queria que este fosse somente uma pessoa.
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