20080128
Uma mente que se amedronta
Ontem eu vi uma das pessoas que mais me inspira, ao vivo, côres e sons...
Ela era linda, serena, e eu podia ver através de seus olhos, mesmo que àquela distância toda, um milhão de pensamentos à rodar tão rápido, tão rápido, que fizeram sentir-me tonta e, apesar de ter tido a vontade de ficar à fitá-los por horas e mais horas, até que enfim ela adormecesse, tive de desviar os olhos logo que eles se encontraram.
Ela se aproximara, e eu podia ver as curvas de todos os seus cachos. E oh, eles eram tão angelicais!
Como no momento de êxtase de um filme de ação - eu sendo a personagem principal que não deveria abrir o pacote, mas que resolveu abrir só para ver o quão perigoso era, correndo o risco de acabar com toda a humanidade - eu voltei à procurar seus olhos... E ao encontrá-los, pude ver que, mesmo que logo abaixo havia um sorriso sincero, seus olhos eram tristes. Vazios como se olhasse para a tela de um computador e, mesmo vendo que não havia nada ali, sabía que lá corria insandecidamente um monte de informação...
Eu podia ouvi-la cantar aquela voz possante e ainda sim acolhedora ao meu lado... Ao meu lado!! Dizendo nada mais do que uma leve conversinha manjada, um daqueles papos "Oi! Que belo dia, não?! E aí, que saudades!", mas que soaram tão lindos vindos dela.
Meus lábios tremiam para metralhá-la de elogios e assuntos que morria de vontade de discutir com ela. Comentar sobre algo que ela escrevera, entregar-lhe tudo o que eu escrevera em toda a minha vida.
Sentia um carinho tão grande por ela, sentia que a conhecia de tão longos anos, sem ao menos ter trocado um mero grunhido com ela... Tão logo, senti-me patética. O ser mais patético de toda a galáxia, de toda a existência. Senti-me mais patética que o ser mais patético que jamais vivera desde que se criara a vida!
Patética de nunca ter tido a coragem de falar com ela. Patética de ver tanto, e sentir tanto por alguém que nada mais é do que outro ser insignificante aqui, como eu mesma.
Ela fora embora. como se tivesse cansado de esperar que eu parasse de vagar na escuridão que eram seus olhos...
Ela fora embora, e eu ficara alí. Patética.
Ela era linda, serena, e eu podia ver através de seus olhos, mesmo que àquela distância toda, um milhão de pensamentos à rodar tão rápido, tão rápido, que fizeram sentir-me tonta e, apesar de ter tido a vontade de ficar à fitá-los por horas e mais horas, até que enfim ela adormecesse, tive de desviar os olhos logo que eles se encontraram.
Ela se aproximara, e eu podia ver as curvas de todos os seus cachos. E oh, eles eram tão angelicais!
Como no momento de êxtase de um filme de ação - eu sendo a personagem principal que não deveria abrir o pacote, mas que resolveu abrir só para ver o quão perigoso era, correndo o risco de acabar com toda a humanidade - eu voltei à procurar seus olhos... E ao encontrá-los, pude ver que, mesmo que logo abaixo havia um sorriso sincero, seus olhos eram tristes. Vazios como se olhasse para a tela de um computador e, mesmo vendo que não havia nada ali, sabía que lá corria insandecidamente um monte de informação...
Eu podia ouvi-la cantar aquela voz possante e ainda sim acolhedora ao meu lado... Ao meu lado!! Dizendo nada mais do que uma leve conversinha manjada, um daqueles papos "Oi! Que belo dia, não?! E aí, que saudades!", mas que soaram tão lindos vindos dela.
Meus lábios tremiam para metralhá-la de elogios e assuntos que morria de vontade de discutir com ela. Comentar sobre algo que ela escrevera, entregar-lhe tudo o que eu escrevera em toda a minha vida.
Sentia um carinho tão grande por ela, sentia que a conhecia de tão longos anos, sem ao menos ter trocado um mero grunhido com ela... Tão logo, senti-me patética. O ser mais patético de toda a galáxia, de toda a existência. Senti-me mais patética que o ser mais patético que jamais vivera desde que se criara a vida!
Patética de nunca ter tido a coragem de falar com ela. Patética de ver tanto, e sentir tanto por alguém que nada mais é do que outro ser insignificante aqui, como eu mesma.
Ela fora embora. como se tivesse cansado de esperar que eu parasse de vagar na escuridão que eram seus olhos...
Ela fora embora, e eu ficara alí. Patética.
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