terça-feira, 8 de junho de 2010

Os olhos bem abertos (ou Medo)

Não quero ser aquela que a cada passo que dá exige uma reflexão... Que a cada passo dado gera uma decepção.
Ser aquela que alimenta pensamentos, alimenta a solidão e a sujeira. Daquele tipo que senta perto da lixeira para poder usar e jogar fora.
(R)elevar a vários pedacinhos tristonhos aquilo que já fora desejo e unha na carne.

Não quero entrar nem fazer entrar. Não quero que sintam, assim como não sinto. Quero passar ao lado sem causar furor; quero morder sem fazer sangrar, e arranhar sem deixar o rastro.
Se é que me entende.
Não quero machucar, não quero entristecer, não quero ser o que te faz querer...
Por favor, me deixa não te ter feliz, pra não te ver sofrer!

Não é que não queira ninguém, nem queira ser querida.
Não é que não queira gozar, e da companhia de tantos e tantas.
Mas não quero querer alguém, e perder a validade... Pois é fato, perderá para mim, assim como perderei para você. Mas nunca no tempo certo.

Nenhum comentário: