domingo, 25 de setembro de 2011

Stupid

Ler e reler e reler. Ao ponto de se cansar, se esgotar, se esvair de qualquer necessidade de preencher-se dele.

EuTuEle. Nós, Vós...

third

não tenho visto graça na vida


não que eu não esteja pra viver


mas ela tem estado de morrer

(é um rascunho de tanto tempo,
que não sei se são minhas
ou de terceiros, essas palavras)

descoberta

Já reparou que Descoberta é, realmente, um termo interessante?
Descoberta pode ser a palavra que representa algo que se desmistifica, passa a ser conhecido, é encontrado ou mesmo esclarecido, e também, no entanto, pode significar algo que, estritamente do gênero feminino, passa pelo estado de ser (ou estar) coberta para então deixar de sê-lo.

Não posso deixar de imaginar se uma mulher que é descoberta, ao mesmo tempo que se desnuda, pelo ato próprio de se despir ou ser despida contra sua própria vontade (e não saberia explicar porque só penso nestas duas opções para uma mulher se despir) não seria muito diferente de algo que se desmistifica.

Ah

é a vida que se cansou de mim.
É a vida que já não quer mais ficar ao meu lado, dar uma risada, comer um bom prato. Ah!

tranquilamente

"Toda aproximação é inevitavelmente o início de um afastamento."

Extra

A gente espera que a vida inspire a arte. Quando isso acontece, não saímos do lugar-comum.
Eu conheço uma Cecília ou um Mário que viam na vida uma poesia extraordinária.

(O que aconteceu, é que o "extra" era de "extremamente", e não "diferente".)

o

Eu fico querendo que seu você seja eu. Mesmo quando os meus vocês não são um só.

(Postagem sem título)

Você sonhou comigo. Eu tenho certeza, pois esta manhã, eu acordei com um sorriso no rosto.
Eu não estive onde estava todas as outras noites.

sábado, 24 de setembro de 2011

Um

A garrafa de vinho vagabundo escondida ao canto da gaveta de sutiãs indica um talvez estado (ou ser) emocional duvidoso. Junte-a à promessa feita para si própria, disfarçando quase tão óbvia pouca ou quase nula auto-estima, mais o excesso de tempo para pensar a respeito de si própria sem chegar a qualquer conclusão produtiva ou interessante, a constante desprezível adulação alheia e a falta de compreensão do mundo "real".

O conjunto inconstante e altamente auto-destrutivo atende por certo nome, e há aproximadamente 402.000 chances de ser encontrada em uma multidão, pelas características supramente citadas.

Manifesto em "O Manifesto [...]"

terça-feira, 13 de setembro de 2011

I am he As you are he As you are me As we are all together II

Mas, o que é isto, companheiro?

Buscar o bem dos outros em detrimento do seu, é fazer-se desaparecer para si própria, adoecer e morrer em sua mente problemática, e aparecer para estes outros (aos quais achava que fazia bem, ou ao menos procurava fazer o bem) como megalomaníaco, com complexo messiânico e, surpreendentemente, ainda sim, egoísta.
(Aparecer para o outro, não necessariamente exclui de ser o mais próximo da realidade, mesmo que em conflito com o pensar de si mesmo, ou o tentar ser. Na loucura que é refletir sobre o refletir, ontologicamente e não empiricamente, e na [mesma] loucura que é tentar ser, aparentar ser, ser visto como e se ver como, buscar fazer o bem aos outros, nada mais é do que buscar satisfazer-se, plenamente.)

Talvez, isto tudo, na minha loucura que ser e tentar ser e achar ser, não passe da conflito permanente dos egos e todas as personalidades que aqui residem.

Entre risos, a ilusão, a mentira e a quebra. Ascensão, Apogeu e Queda, ou somente Novela Mexicana

A mentira não passa de outra forma de ver o mundo.
(O problema é que não se pode ter acordo na mentira.)

Estudo

domingo, 11 de setembro de 2011

Falar de amor...


Eu quero um pedaço seu pra chamar de meu. É, eu sei, egoísta e desprezível. Não o quero todo. Saiba que acho-o muito grande e desajeitado para eu carregar para lá e cá todo o tempo. (Você sabe, o que é meu é o que está comigo, o resto não passa de "momentâneo e efêmero", nada mais que eu ou você, como já disse [em] outros tempos)
Egoistamente e desprezivelmente, ainda (te) quero (n)um pedaço, (n)uma coisinha. Uma palavra, um carinho, um chêro ou um olhar. Uma unha, um pêlo ou quem sabe uma gota antes líquida secando num papel velho e amassado. Ainda que nada dessas coisas sejam minhas preferidas de você, quero algo teu pra chamar de meu.

Quero, para fazer esse coração peludo amansar um pouco, deixar-se esquentar levemente e quem sabe não doer tanto quando bate.
(Especialmente quando pula um pulso.)
Quero perder um pouco a noção do que é eu ou você, ou qualquer outra coisa que resta, momentânea e efêmera. E realmente acredito que um teco ou resto de gente pode fazer isso por mim, ou para mim.
Quero tornar um pedaço seu, meu, e devolvê-lo. Assim saberei que você me carregará junto a ti, mesmo quando passível do teu esquecimento.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

aMorTe


[...] se antes disso algum de nós morrer, nos comprometemos em ir ao velório (se não for impossível).
se for você, só não te darei um beijo na boca porque provavelmente os presentes não iriam gostar.
se for eu, fique à vontade.

Eu queria ser cremada. Mas só a ideia do seu último beijo me faz querer ter um velório.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Falar de amor

Cair no comum, ao desejar o incomum.
Por entre aqueles sons acalentadores e que ele mesmo tanto adorava, ele pensou nela.

Não se sabe se foram alguns instantes ou uma noite quase inteira. Sabe-se apenas que se tivesse amanhecido durante sua viagem noturna, tanto ela deixaria de ser noturna, quanto ela mesma, que preenchia-o por aquele momento quase sem tempo, seria interrompida pelo que não poderia lembrá-lo dela.

Ele pensou nos lábios suaves e rubros, sua pinta, logo ao canto daquela boca que ele tanto sentia falta.

Ele não se cansa de falar de amor?
Naquela noite não. Não enquanto aquele vinho não acabava.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

poema no. 120

poema no. 120

ter
     dor
     por
ter

tor
     por
     por
vir

por
     que

(
ter
     dor

é

ser
     só
          )