quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O desconforto e os três monstrinhos



Geralmente começa com a detecção do desajustamento dos braços e das mãos que perderam sua normal. Eles podem ser dispostos no colo do objeto aqui percebido, no encosto da cadeira onde ele se encontra ou segurando um cigarro que foi aceso na tentativa de dar novo sentido ao que se tornara completamente e absurdamente estranho, de repente. O cigarro, por sua vez quando acaba não pode ser substituído por um novo, dado que agora a garganta se tornara seca em detrimento de tragadas intensamente carregadas do desespero do corpo desajustado procurando ser sanado do tal objeto referido. A fala, agora acometida pela secura da garganta, começa a ter sua necessidade repensada e a espontaneidade que já ameaçada agora por completo já se fora. Todo o fluxo de movimento e existência está totalmente permeado pelo raciocínio paranoide insustentavelmente dominador.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Santidades



Os cara vira lenda. Me poupa! Faz um monte de merda, acerta uma ou outra. Dá um sorriso aqui e uma esmola ali. Dá uma surra pedagógica vez em nunca, nas outras só apanha e corre. Apanha e corre. Daí um dia não consegue correr o suficiente e morre.