sábado, 30 de junho de 2012

Sonha-dor


Comcê

Ele me deu um sorriso. Só isso!
Não podia ter recebido presente mais precioso que este sorriso que agora desenho no meu rosto antes triste e desgostoso.
Agradeci sem que ele visse que o sorriso coube direitinho em mim.

Nós três mais ela. Com nome ruim e tudo

Ela tava sozinha. Sabe, éramos três caras e ela. três caras e ela; tipo dona Flor e seus dois maridos, só que éramos três caras. Cada um na sua, somos três caras amigos. Eu gosto muito dela. Ela sabe disso. Todos nós gostamos muito dela. Cada qual do seu jeito, veja bem! Eu gosto assim, esquisito, recatado, sem palavras bonitas, por mais que eu tente. Já devo até ter feito um poema sobre ela. Claro. mas ele deve estar por aí, escondido ou esquecido. Não deve ser lembrado mesmo... O segundo gosta assim, meio vagabundo; Chama de qualquer porque acha que é assim que ela acha também. Se acha um qualquer. (Se acha uma qualquer.) Não vale nem cinco minutos, já disse ele. Mas não adianta, faz isso, e depois faz showzinho, tipo como quem sente ciúmes; mas pode perguntar que ele nunca vai assumir. O terceiro foi o primeiro dela. Eles se amam... Eu acho isso. Ela diz que não e ele não concorda também. Mas ninguém nega. Acho mesmo é que eles não sabem disso.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Talk shit

Por que ando falando só de amores por aqui?
Nada mais me motiva, me anima. E esses momentos desgostosos cansam.

Um abraço amigo, conforto de carinho.
Alguém para compartilhar merda, um beijo no pescoço, sorriso de olhos fechados.

É mais fácil querer ser feliz sozinho.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Sem pensar,

Ag(red)ir.

Festa

É uma festa. Numa sala com decoração de propósito estritamente funcional, onde não se vê fotos de sorrisos alheios nem molduras bregas de lojas de preços reduzidos para bugigangas desnecessárias, um grupo se dispõe em semi-círculo, despojado e alcoólico e, por entre gritos espontâneos de loucura e alegria pode-se, vez ou outra, ouvir momentos íntimos e cheios de sentimento e sensações.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

(in)justo

Ele me pede para trocar a imensidão do eu pela pequenez do nós. Não posso, compreende?

Meu casamento de Doutor.

Ando com um quê do monstro no médico.
Tenho perdido o que penso que sou para o que é dentro de mim.

Talvez tenha um doutor dentro de um monstro.

domingo, 17 de junho de 2012

Ensina-me

Ele tem cheiro de gente. Concluo para mim mesma enquanto minha cabeça recosta no osso que sobressái no seu ombro magro talvez tatuado. Ele me chamou para dançar após uma longa noite sem troca de olhares nem provocações. Quer dizer, não entre nós... Por segundos aqui e acolá vi-o olhar para uma e uma olhá-lo, abraçar-se com outra e conquistar mais uma por lá. Não importa. Toda vez é a mesma coisa: Seu charme me cansa. Me atrai e me repele, noites e noites. Todo aquele ar de sedução, com pitadas de olhares maliciosos e sabidos de seu poder. Humpf!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Vice-versa

Tudo amo e tudo odeio,
Nada me permito como eterno.

Ser temporário é estar inconstante,
Sou amorfo e passageiro.

De que me vale o amor num dia triste?
De que me vale o ódio num dia feliz?

Não ando em direção à luz,
Não tenho medo do escuro.

Eu sou o que sou enquanto estou:
Não é perpétua a razão que penso.

Eu estou como estou enquanto sou:
Não é perpétuo o pensamento que racionalizo.

(A. Flauto.)

Difícil


Olaré

Saldar desejos de palavras e sonhos. Poder ouvir devaneios e incertezas de dentro, por fora. Como quem se deve ouvir-se e sentir-se em outro. Sentir outro como quem sente a si mesma. Abraçar, acalorar e acalentar.
Não é tudo, mas é o que re-estréia satisfação.

Acédia


"O Plano"

Angústia com medo. Querer e não querer. Querer por não querer e vice-versa.

Querido Diário...


segunda-feira, 11 de junho de 2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Porquê

que a gente anda se permitindo tão pouco?
Porquê a gente não dá uma pausa nessa história de ter o controle sobre tudo?!