segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cái, caio.

Há quem diga que aqui, não me vê.
Não vem me ver, porque vê que eu vejo muito dele por aqui. Vejo teus trejeitos, teus olhares, tuas palavras.
Há quem se incomode com tua transparência que (aparentemente, e modéstia à parte) vem das minhas mãos. Que não vem me ver, pois pareço não querer mostrá-lo para ele mesmo. Há quem não queira ver a si mesmo em outro lugar.
Veja bem. Somente se vê transparente aqui por simples motivo: Mostra-me e eu vejo-o.
Não é tudo o que queremos?
Leio-o sempre que posso, sempre que me dá de ler. Daí não queres ver-se lido e transcrito aqui?! Não me veja, então. Não se engane; Permanecerei aqui, contigo.

Do quanto a gente se engana

A distância entre o eu e o outro é praticamente intransponível. Devo guardar o conselho do amigo.
Nunca fora tão distante de outrem como o era desse último amor.
Quase tão distantes, que poderíamos aproximar um do outro mais as costas, do que os olhos.

Vai...

Sim, eu chorei a partida.
Hoje eu sorrio a ausência.

Se o mundo não acabar.

Fico a ver, a todo final de ano, umas tantas promessas de mudanças e desejos de melhoras para um bloco separado de tempo que é o próximo ano. Como se alguma virada simbólica simbolizasse realmente algum... É, símbolo.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Poema faminto

Fome de tu
do-ou
nada.

Não dá

pra satisfazer
-me

Você tem fome de quê?

Você tem fome de quê?

Eu me via com fome de alguma coisa que ainda não havia comido. Tinha a leve impressão de que, de alguma forma, sabia que poderia vir a encontrar o que a saciasse.
Só não sabia o que era essa tal coisa, que gosto tinha, do que era feita, onde podia encontrá-la. Também não a procurava.
Então você apareceu com algo pronto que eu não conhecia muito bem em mãos e me disse: "Aqui está o alimento que saciará sua fome.". Não nos enganemos, acredito que você tinha ótimas intenções. Você parecia querer saciar-me, e eu acreditei. Em você e nessa coisa que me dava de comer.

O conto que nunca será


Manifesto por humanos mais humanos

E então perdemos o tudo que nos pertence. Não. Não perdemos; Fomos expropriados, afanados, assaltados à mãos armadas. E nossas mãos mãos estavam vazias. Vazias de escudos, só tínhamos a inocência.
E hoje não temos nada. Só amargura, um vazio.