segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Jogo de ilusão (ou anonimamente)

Ela vem, assim, como quem não quer nada.
Dum espaço inexistente, dum passado vazio. Ela me vê, enquanto eu não a vejo. Me olha, lê, vê os cantinhos, cada espaçinho discreto, cuidadoso.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nem xadrez

Não sou rei nem rainha.
Nem bispo, nem peão. Neste tabuleiro no qual me encontro, não estou do lado dos pretos nem dos brancos. Não ando em L, não atravesso até a borda oposta, não dou xeque nem tenho estratégia.

E quando o jogo começa, dou passadas rápidas para cá e para lá, pois nenhuma casa é minha casa.
Eu não pertenço àquele lugar, no entanto permaneço.
Teimosia casada com ignorância.

Espero minha queda.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ele só nao tem pressa...

Ele também é diferente, incomum, até bizarro eu diria.
Ele tem um ar de misterioso que cativa. Que na verdade é só simplicidade.
Quase superficialidade.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Meu bem...


Pensando bem...

Eu acho que eu sinto pouco pelos outros
Porque eu sinto muito por mim...

Eu sinto muito por mim...

Situação mundana nº 02

Romance contemporâneo

Situação: Um garoto, dentre tantos outros, é vizinho e uma garota.
Eles podem se ver através das janelas abertas, no entanto nunca se notaram.

Ele: Ei... Psiu!
Ela instintivamente põe o baseado atrás das costas, olha para as sacadas ao lado, procurando. Para a rua, e então ergue o olhar.
Ele: Ei! Pssssst!
Ela acena. Ele acena. Ela expira aliviada a fumaça que prendeu assustada alguns segundos atrás e volta a ficar de costas.
"Não vou oferecer para ele só pelo susto que me fez passar..."

Situação mundana nº 01

Eu devo fazer o esforço para aturar o típico início de relacionamento, pois tenho medo de não saber dar início a eles, ou posso desistir daquilo tudo porque joguinho nenhum desse tipo no fim se mostra valioso?

Virado do avesso, de ponta-cabeça, com a etiqueta para fora

Ato I

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Imensidão

Trancado num mundo doce e inocente, o menino puxa a barra da saia da mãe, para confortá-lo. Ela a olha com olhos caridosos e, mesmo não conseguindo mais pô-lo no colo, dado o tamanho e peso por ele alcançados, ela apenas passa seu braço direito no entorno de seu torso.
Um abraço, como ela pode dar.

Ele se desmancha em água e sal assim que sente o acalento e cuidado da mãe que nunca se foi e nunca irá.
Virou mar. Doce e inocente, como era com a mãe.

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