terça-feira, 6 de setembro de 2011

Falar de amor

Cair no comum, ao desejar o incomum.
Por entre aqueles sons acalentadores e que ele mesmo tanto adorava, ele pensou nela.

Não se sabe se foram alguns instantes ou uma noite quase inteira. Sabe-se apenas que se tivesse amanhecido durante sua viagem noturna, tanto ela deixaria de ser noturna, quanto ela mesma, que preenchia-o por aquele momento quase sem tempo, seria interrompida pelo que não poderia lembrá-lo dela.

Ele pensou nos lábios suaves e rubros, sua pinta, logo ao canto daquela boca que ele tanto sentia falta.

Ele não se cansa de falar de amor?
Naquela noite não. Não enquanto aquele vinho não acabava.

Nenhum comentário: