segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Perde-se a confiança (ou a paixão), e desmovimenta.

Como se pode perder algo, se é algo que se opta por?
Se é tirado, e não esquecido? Dado, e não largado, em um canto qualquer, enquanto se vai embora, ou pega o ônibus?
E como que se perde algo, que não passa de 'um conceito'?

Se é um conceito, nunca existiu. Ou existe, mas é surreal.
De qualquer forma, não se sabe, além da palavra. E então, só o que se deve fazer é confiar.

Depois que se confia, deve confiar de novo.
E então esse algo se perde.

E depois, faz o quê?
Dá as costas, café da manhã, gasta crédito pra não ter que ver a cara, pede desculpas, esquece, ignora, segue em frente, se desespera por 9 meses, se adapta, se apaixona, larga tudo?
Dá um nó na camisinha e joga fora?
Vale mentir? Se vale, deve acreditar nesse mentira, ela mesma?
E a confiança?
E a confusão?
E a volta pra casa? E o carinho, e o cheiro, e "nós"?

Mas há sempre a possibilidade de ser algo físico, e somente físico. Sem meta.
Duro e frio.
E corre pros braços de quem é quente. E dá quentura.
E pronto.

Às vezes pode ser fácil. É só confiar.

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