sábado, 12 de abril de 2014

Dia, há. Logo.

É avistado um futuro embalado para presente, feito de passados. História, pensam que seja síntese de começo, meio e fim. O espaço do abstrato é vazio para encher de fantasias, e o espaço concreto está já cheio demais para elas...


um: -
Quando escrevi isso, tenho que não era sobre você. Reli, e lembrei de você.
Preciso te lembrar que você muito me admira.
[...]
Te toco. Como se nossas palavras não mais tocassem, mas atravessassem.
Me toque. Onde estão seus dedos, onde está seu calor e, principalmente, onde está sua boca vermelha com sorriso de mistério, acompanhada de seus olhos em flor, na cor do mar (que vejo todo dia, expandindo a íris grossa que o retém em ti) acompanhando-a?

Cansei dessas paixões, todas.
Cansei de dar nome à essas coisas, de dar adjetivo e chamar-me de apaixonada ou apaixonável. Tudo o que você me causa, dou valor. De fato, causa coisas que nomeei erroneamente, classifiquei, e deixei ao lado de coisas tão banais quanto eu ou você.
Nada mais cativa, ou é apaixonante, ou me encanta.

Agora, aguardo surpresas.

dois: - "coisas tão banais quanto eu ou você" às vezes me sinto um corpo preso na vida. somos tão pouco e é tão bonito isso... você se admirar por uma alma tão cansada e tantas vezes débil. e eu faço o mesmo. vivemos fazendo o mesmo. daí vêm as surpresas e são só isso, tanta coisa e nada. enfim, não se deixe levar pela minha decadência.

um: - Não me deixo levar pela sua decadência. Não a vejo, e isso é de muito bom e muito ruim. ausente e displicente. Não sei.. Cansado e débil, mas ainda quente. Falta quentura no mundo, saca? Enfim
(...)

um: - Há cinco anos atrás nos conhecíamos. Tendo dado com ombros desconhecidos numa viela de iluminaçao amarela e muita coisa acontecendo. Talvez eu nem vá em nada da virada, tou sem grana. Você vai ver o quê por lá?

dois: - nada. ando tendo pânico de aglomeração, vou manter distância.

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