sexta-feira, 2 de julho de 2010

Tu(do)

Você é a doença que o negro dos meus olhos escreveu.
É a tristeza que o meu corpo agarrou
O câncer que minha mente acometeu
E a loucura que minha boca beijou.

Você é o medo que faz tremer a minha mão.
É a dor que me tranca em solidão.

Se te procurava como remédio
Se te olhava como cura,
Agora a verdade me atinge crua
Dura.
E sem você sobra apenas o vazio
Sobra apenas eu, nua.

Se você era o meu mal
Meu mau,
Agora te vejo, como tal.
Não mais será minha doença, não mais será minha loucura.

Te excomungo
Te expulso
Me deixo sozinha no mundo
Egoista, suja e má. Posso sim, ser.
Sem querer.
Mas sou, e agora serei.
Não mais te uso
Não mais te juro
Não mais te amarei.

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