terça-feira, 4 de maio de 2010

Passo-a-passo.

http://flaplop.blogspot.com/search/label/Das%20Mais%20Ordin%C3%A1riasA minha vida mudou.
Estudos a parte, não como do símio para o homem.
Como a água que é condicionada a temperaturas cada vez mais baixas, grau a grau, sem perder sua fluidez até que subitamente se solidifique. Ou um avião idiota que anda pela pista até que enfim levante voo. Como disse algum cientista qualquer no livro Panorama da Antropologia.

A minha vida mudou,, e eu não queria.
Talvez ainda não queira. Quisesse a invalidez, tranquilidade, insanidade. Mera solidez.
E embora eu queira estar aqui, sem conteúdo, ou cheia de besteira, tenho três artigos/textos/teses/trabalhos para ler, um documentário para assistir, um texto reflexivo sobre tudo isso, ler um trecho dO Capital e discutir porcarias com um bando de porcalhões...

Uma valsa de Chopin me acompanha. Ou eu a acompanho, um vinho me chama, a cama está fria, um idiota me atormenta, dois idiotas me atormentam, um deles acha que sou personagem de filme romântico de cabelos coloridos e o coração caiu em si que nunca mais vai se apaixonar como havia feito algum tempo atrás.
A tristeza não bate, porque nao há tempo. Se batesse, eu abriria a porta e ela não me deixaria sair. A sala claustrofóbica nunca me deixaria respirar e eu sucumbiria.
Então deixei o trinco do jeito que estava, e corro os olhos pelas palavras polidas e que se prolongam e irritam por mais um tempo.

Tudo corre. Como se a vida apertasse o passo para me deixar para trás e eu tivesse que começar a correr, e deixar de apreciar, olhar, viver algumas coisas só para não perdê-la de vista. Mas tudo bem. Se a vida corre, eu também corro. Sem tropeçar...
É bom olhar para o chão, deixar as coisas passarem ao meu lado sem que eu as veja, para não tropeçar e ficar para trás.

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