sábado, 15 de outubro de 2011

Me deixe.

Você me permite sentir ciúmes de você?
Permite que eu saia observando as garotas e os caras que te elogiam, os que te fazem parecer feliz e contemplado, para ver se eles podem fazer melhor ou mais do que eu?


Posso ser uma daquelas que espera ansiosamente por você? Mas espera mesmo, daquele jeito meio canino de olhar a comida no prato que outro aprecia, até que caia no chão um pedaço não mais desejoso (afinal caiu no chão) por quem o apreciava, e eu posso enfim saboreá-lo.

Por favor, me responda. Deixa-me encontrar a ti em todos os cantos, e sorrir descabidamente quando acho que o encontro, assim, tão longe de mim.
Deixe-me lembrar do que te acalenta e tentar fazer, pra você olhar pra mim e se sentir acalentado.
Deixe-me ser esse algo ou aquilo, estranho e um tanto infeliz.


Por favor, permita-me ser aquela que depende da segurança que você passa.
Permita-me desejá-lo quase que incondicionalmente, incontroladamente e, talvez de maneira um tanto quanto maníaca, infinitamente.

Eu te pergunto. Deixa eu amar você?

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