quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Gozo

Estava relendo os posts antigos.
Me fizeram relembrar também os motivos deles.
Todas as paixões, as frustrações, os calores, arrepios, amigos, sensações, bebedeiras, loucuras, depressões e tudo o mais que me cativou o suficiente para delirar sobre.

Todos os corpos pelos quais me aventurei mais profundamente, ou que mais profundamente se aventuraram pelo meu estão aqui, de alguma forma. Pelo menos uma vez estão guardados...
Porém notei; Já faz um mês e oito dias que você se aventura nas minhas profundezas - carnais, pois eu ainda não o deixei entrar, por mais que você tentasse, me magoasse, me incitasse - e você não está aqui de jeito algum.

Pensamento divaga e eu não consigo te organizar em palavras seguidas e que façam tanto sentido quanto você.
Nunca deveria ter tentado, não há ninguém tão organizado quanto você. Não há ninguém tão disciplinado quanto você, ou tão comprometido, ou tão responsável. Não há ninguém que expresse esperar tanto de mim e, ao mesmo tempo, tolerar tanto todas as minhas chatices e esquisitices (que nem eu mesma tolero).
O meu sentimento vazio que não pode ser nomeado ou organizado em palavras seguidas com sentido é incitado. Me concentro, e não encontro sua gaveta em meu cérebro. Nunca estive com ninguém tão oposto a mim.
E não aquele oposto onde um é rosa e o outro é amarelo, um é joão e o outro maria. Mas aquele oposto onde, sobre o olhar da ou na vida, um é sim e o outro é não. Um é diretamente oposto ao outro, em relação a algo.
E isso é o mais em comum que tive com alguém.

Então eu sei. do que me encanta em você, nada mais é o que me encanta no mundo todo. Mas tudo o que rejeito ou estranho em você, é o que te mantém por aqui...

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