quarta-feira, 13 de julho de 2016

Tingling


É muito engraçado como funciona, pelo menos para mim, o mecanismo do afeto com tesão.  Talvez nas adolescências do cidadão comum - não essa neurotica obsessiva (isso se chama auto diagnóstico [auto] comiserativo) - essa sensação tenha sido mais presente, mas um dia, com o amadurecimento de seus corpos com mentes ela enfim passou.

Tem um acelerar dos ritmos cardíacos em frases distintas para cada situação e intensidade; quando me olha. Quando me toca. Quando sorri para mim. Quando está nervoso. Quando está confiante. Quando canta desafinadamente. Quando me chama para cantar...
E essas diferentes frases que consequentemente se tornam maiores que outras coisas regulares: quando eu não consigo cantar porque tremo. Quando não consigo comer porque me embrulha o estômago essa sensação. Quando não consigo dormir porque é como se meu corpo se jogasse daquele brinquedo do playcenter, o pêndulo, e eu cai profunda e rapidamente, perdendo a normal ate me contorcer disfarçada ou indisfarçadamente.
Tem uma força que me quer inerte, acrílica, passiva. Que me tira a certeza de que gosto mais de café que de coca, e joga para ele a certeza da resposta.

O estômago pula e aperta e torce ao menor sinal desses outros... São essas (bem mal)ditas borboletas, se eu soubesse quão terríveis eram...

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