terça-feira, 27 de março de 2012

tempo (ou análogo)

Uma construção abandonada; Concreto, arames, tijolos, pedras, seixos, pregos.

O vento ruge por entre os espaços pseudo-vazios. Novamente, o tempo está parado. Ela está parada.
Uma construção abandonada; Ossos, tendões, músculos, glóbulos, bactérias, órgãos.
O vento canta por entre os ouvidos...

Percebe-se a cigarra invasora da cosntrução também invasora.
Passos desritmados, o chacoalhar da fivela da mochila que faz-se pesar noite adentro. Casam entre si pois o tempo não pára mais. tum tum tum; tin tin tin.
cricricri; shhhhhhhhh.
Mais uma goteira de ar-condicionado.
Mais uma buzina distante.
Mais uma janela a se fechar ruidosamente.

Uma sinfonia caótica. Caosmópole.
Uma construção abandonada.

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