domingo, 27 de fevereiro de 2011

Um caos para Nadja

Estava fuçando os rascunhos, e encontrei este de maio do ano passado...
Essa semana eu iria a Itanhaém ver você, mas você não vai querer me ver. - Eu também não tenho absolutamente nada a ver com o que tá rolando. Mas eu sei como sou, e você sabe como sou... É capaz de que estava me esperando aparecer, não duvido.

Como não tenho alinhado muito meus raciocínios, vai um desalinhado do passado. Uma súplica enlouquecida de alguém que estava se perdendo, tentando se encontrar...

Eu não vivo à mercê do que você quer.
Assim como você não vive à mercê do que eu não quero...


Eu não vivo à mercê do meu celular. Quando eu não quero falar com alguém - ou ninguém, não não devo atender. Ele não me compra, ele não é meu dono.


Eu não quero ficar doente. Quando não quero ficar doente, não tomo sorvete depois de ficar com o corpo quente.


Não bebo se não quero ficar com ressaca.


Quando a gente compra um sapato que machuca o pé, achando que ele vai amaciar, e ele não amacia depois de usar algumas vezes. O sensato é não usá-lo mais.


Se a cabeça dói, o são não é batê-la na tentativa de que passe. Ela só vai doer mais.
Não importa quantas vezes bata-a.


Se é humano errar, e mais humano ainda persistir nesse erro, não sou gente, não sou alguém. Sou ninguém, e ninguém não é gente.


Depois que se quebra uma perna, ela não vai deixar de ficar quebrada, por nada que você possa fazer. Ela continuará quebrada até que sare, SOZINHA. O máximo que pode acontecer é quebrar a outra perna.




Quando o cansaço bate, lutar contra ele, manter-se nesse esforço [cabe um adjetivo grosso aqui] de tentar fazê-lo desaparecer magicamente não vai funcionar. O cansaço só vai embora quando se descansa.




Se você tem muitas responsabilidades que não são realmente suas, e a vida não é justa para você, jogar uma outra responsabilidade em outra pessoa, essa que não é dessa outra pessoa, não é o certo.


--


Eu não me importo se você mudou. Se foi para melhor ou para pior.
Eu não me importo que você não seja mais a Nadja que me estressou e me irritou.
Eu não me importo que você não seja mais aquela Nadja pela qual eu me apaixonei.


Eu me importo que EU mudei. Não pra melhor ou para pior.
Eu me importo que eu não sou mais a Flavia que se estressa e se irrita com você.
Que eu não sou mais a Flavia que se apaixonou por aquela outra Nadja.
Me importo que eu não quero mais me apaixonar, ou cuidar, ou me importar com a Nadja. De antes, de agora, de amanhã.


Eu não quero mais a Nadja namorada louca. Eu não quero mais a Nadja feliz, a Nadja triste, a Nadja que precisa ser cuidada, a Nadja que quer ser cuidada, a Nadja que precisa de uma amiga, a Nadja que consome a namorada, a Nadja que consome a amiga, a Nadja que maltrata, ou a Nadja que corre atrás, a Nadja legal, a que trata bem, a namorada perfeita. Eu não quero mais a Nadja de sempre, nem a diferente.
Não quero mais me importar com você...
Não quero mais estar aí para você, não quero mais ser seu forte seguro, não quero mais uma responsabilidade que não é minha de verdade.


Você pode ser uma pessoa maravilhosa. Que merece muitos amigos, muitos carinhos, muitos cuidados, e muitos afetos. Como pode não ser, e ser simplesmente uma louca insana que afasta todos de perto dela.
Você pode não merecer a ótima pessoa que sou, como pode não merecer a péssima pessoa que sou. Eu posso merecer o seu 'amor&ódio', como posso não merecer.


O fato é que, você querendo ou não, você se esforçando ou não, você mudando por mim ou por você, ou mesmo não mudando, eu não quero mais você. Me cansei sim, estando certa ou não. Mas me cansei. e tenho o direito de querer afastar o que me cansa. E o direito de estar errada.
De estar errada e sofrer com as conseqüencias. Mas tenho direito sim. E você não deve, nem pode me tomar esse direito.


Me desculpa. Eu não aguento mais. Também estou perdendo a sanidade com isso tudo.. E se tenho algum poder para não perdê-la completamente, vou usá-lo. E por favor, me deixa com esse poder.
Nossa relação me deixa infeliz, e como todo ser humano, procuro a felicidade. E se ela só está na minha cabeça, então o que se passa na minha cabeça a trará para mim. E o que está na minha cabeça é tudo menos estar nessa loucura com você.
Não vale mais a pena.


Você não merece uma pessoa que não ache valer a pena estar com você. Você não merece uma pessoa que se cansou de tudo que você fala e tudo o que você faz.
Ninguém merece alguém assim.
Você merece uma pessoa que curta estar com você. Sendo amiga, colega, namorada, mulher. E não alguém que se sinta presa, e miserável ao seu lado.




E se você não tem essa pessoa, não encontrou ainda, não deve ficar com o que tem. Se contentar com o pouco, ou com o errado.


Por favor, me entende de vez. Não deu certo...
A gente acabou. Toda a mágica, toda a alegria, todo o carinho. Tudo se estragou, envenenou pelas minhas e suas loucuras. Não tem marcha ré que faça voltar, e o caminho para frente está bloqueado...
Por favor, Nadja. Não sei mais o que fazer. Só me falta te suplicar, implorar. Me ajoelhar, como já te fiz fazer, e pedir para que você me entenda. Você quer me convencer de que você mudou, e por isso devemos nos dar mais uma chance, e eu estou tentando te mostrar que eu também mudei, e por isso já não podemos mais nos dar essa 23854975° chance.
Pois eu já não estou mais no nosso relacionamento. E eu já não posso mais voltar.




Não estou fazendo isso porque te acho horrível e não mereço alguém horrível como você. Estou fazendo isso porque não somos mais a melhor escolha uma para a outra. Você pode estar maravilhosa, perfeita para mim. Mas não quero alguém perfeito para mim. Não quero te tratar mal, te usar, te impor todas as minhas vontades e manias. Não quero te tratar do jeito que trato, e não quero mudar o meu jeito de tratar as pessoas.
E se se estiver errada, que sofra com meu erro.
Você já está sofrendo... Seja por mim, seja por você, seja pelas coisas chatas do mundo que acontecem com você. Pára de sofrer por mim. Pára de sofrer pelo que acabou.


O leite (coca) já foi derramado (no palquinho), e à não ser que você queira pegar um canudinho e ficar tentando sugar o resto que ficou em contato com tudo de nojento que tem no chão e já não tem o menor gosto, ou faz o menor bem que fazia antes a você, não adianta lamentar mais.




Não posso te falar o que é certo e o que é errado, nem o mmelhor ou pior. Mas posso te dizer o que eu quero, o que eu preciso. E você deve, no mínimo, respeitar. E por respeitar digo acatar, e me deixar fazer. Me fudendo ou não.




Por favor...

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