Ele também é diferente, incomum, até bizarro eu diria.
Ele tem um ar de misterioso que cativa. Que na verdade é só simplicidade.
Quase superficialidade.
Um vazio, meio "pouco demais".
Eu já falei que gosto daquilo que não entendo, né? Pois é. As únicas paixões fortes, de certa forma "duradouras", foram as que me seguravam pela incerteza, pela sensação de impotência e vontade de desvendar o grande mistério que se apresentava à minha frente, se dizendo interessado. Talvez fosse a vontade de tomar as rédeas, disfarçada de curiosidade desbravadora. Virar o jogo e caminhar para longe, vencedora.
Vencedora do quê?! Ter a consciência da devoção ou mesmo, maturidade alheia, de me deixar mandar, dominar, e olhar para baixo com cara de poder e desdém?
Dessa vez me deixei levar pela comodidade alheia. Desvio a atenção do que parece conforto, olho pela sacada as janelas abertas, as luzes do banheiro acesas, o carro estacionado na rua.
Parece-me pouco demais... Mas eu preciso saber se ainda sei fazer isso.
Se ele, que não tem pressa, é incomum, misterioso e simples demais, consegue espantar os fantasmas de mim...
Nenhum comentário:
Postar um comentário