Como uma criança que chora, desesperadamente. Que sente a dor de toda a sua vida, naquele instante, por aquele motivo, às vezes tão singelo.
A sensação inibe toda a racionalidade, amarra-a com seus longos tentáculos e faz o sentimento sobressair. Único, onipotente.
Não é tarefa fácil colocar em palavras o que acomete ao corpo todo. O que atinge muito mais do que com palavras, meros símbolos com significação parca.
A flauta, bela, brilhante sugere um ar imponente, ou quem sabe um muito tanto arrogante. Bem mais do que mesmo pode-se alcançar. A sonoridade depende da sensibilidade, muito mais do que da mecânica, e a sensibilidade é afetada, acertada, destruída, de forma que seria impossível depender dela.
Uma relação um tanto ridícula, mas eficiente, a personagem de Natalie Portman em "O Cisne Negro". Um sentir o que a peça é. Abalar mais do que se pode deixar-se abalar, até que não se consiga não entregar aos momentos, e às sensações.
É difícil não frustrar, quando se evita um final ddramático ou fúnebre.
2 comentários:
Vai usar cisne negro no trabalho de ética, gata?
Seus textos tão cada vez mais sensíveis, tou curtindo muito Flá.
Ahah, poxa, o pior é que ele é tão previsível, que eu já sabia tudo o que ia acontecer. a Nadja odiou assistir comigo pq eu ficava falando o que ia acontecer ahuahauhua.
Mas, talvez, eu soubesse pq, né, identificação! rs
Valeu, Thais. Bom saber que agrado a alguns (ou alguma! rs)
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