segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Com um pouco mais de limão, por favor
Um aroma doce exala enquanto majestosamente acompanha a menina que caminha aproximando-se dele. O aroma se mantém, e então ela está tão distante novamente que este se torna a única presença dela ali ainda.
Quer dizer, ele sempre pensava nela, e isso, de certa forma, também a fazia estar presente muitas outras vezes, durante sua juventude, mas quando ela realmente passava por ele era como se fosse mais doce, mais ácido e ardente que uma esfumaçada ideia dela.
Ele ouviu tocar aquele teclado combinado com baixo do Doors, e que poderia ter sido qualquer outra musica de rock clássico, com aquela pegada sexy e até lisérgica, não há como negar, mas aquela música combinava com ela.
Quase como que algo que foi pausado e despausado do meio de uma cena muito importante, ele relembra de que deve respirar, enquanto torce o pescoço para dar uma última olhada, dando um suspiro revigorante, resfriado de todo o calor que fazia quando ela cruzava por ele.
Assim que termina o suspiro a musica o abandona e ele se vê completamente apaixonado, pelo menos pelos próximos minutos.
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2 comentários:
- o breve instante que perdura pelo infinito. gravado na nossa mente com direito a trilha sonora eximiamente escolhida.
amores platônicos.
Paixões momentâneas, eu diria (:
Acho que chamar de 'amor' torna a coisa muito mais previsível, simples demais, não sei. O grau de pejoratividade da palavra não me satisfaz. Não satisfaz estes momentos.
Mas concordo. São milhares de breves e longos instantes que merecem a atenção de todos os nossos sentidos. Desde arrepios que lembram leves orgasmos até o barulho da agulha do toca-discos encostando na bolacha prestes a tocar um BB King ou um Doors, ou Marina Lima, por quê não? rs
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